sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Prevenção e Controlo do Tabagismo

Sendo prioritário melhorar a qualidade de vida da população, também através do incremento, entre outras, da sua saúde cárdio-circulatória e respiratória, importa promover estilos de vida saudáveis e controlar o consumo de tabaco, primeira causa evitável de doença e de morte prematura nos países desenvolvidos, que condiciona seis das oito primeiras causas de morte a nível mundial, o cancro entre elas.
A referenciação à consulta de apoio intensivo à cessação tabágica é feita através do médico de família ou, caso o/a candidato/a não o tenha, através de médico de consulta de recurso.
Nos locais de consulta disponíveis  os fumadores poderão obter informação específica sobre esta matéria, sendo critérios prioritários de acesso às consultas de apoio intensivo à cessação tabágica:
- fumadores que se encontrem motivados para mudar o seu comportamento, que não tenham cessado o consumo após tentativa apoiada por "intervenção breve", ou que apresentem uma dependência elevada à nicotina, associada a determinados critérios clínicos.
São critérios de motivação, e de dependência:
− Fumador em fase de preparação/acção, ou seja, que encare seriamente deixar de fumar nos próximos 30 dias;
− Fumador que fume o 1.º cigarro nos primeiros 30 minutos após acordar;
− Fumador que consuma 20 ou mais cigarros por dia;
− Fumador que em tentativa anterior, mesmo com tratamento farmacológico adequado, não conseguiu manter-se sem fumar e registou síndrome de privação intensa;
− Fumador que, após ter parado de fumar, apresente uma síndrome de privação intensa.
 Devem também ser referenciados para uma consulta deste tipo todos os fumadores que apresentem determinadas patologias ou critérios clínicos:
− Fumadores com patologias relacionadas com o tabaco, em particular Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica e tumor do pulmão;
− Fumadores com cardiopatia isquémica, arritmias cardíacas ou hipertensão arterial não controladas;
− Fumadores com outros comportamentos aditivos (álcool, drogas ilícitas, cafeísmo, jogo compulsivo, etc);
− Fumadores com doença psiquiátrica estabilizada;
− Fumadoras grávidas ou em período de amamentação e jovens/mulheres em planeamento familiar que não respondam a abordagens do tipo “intervenção breve” em cessação tabágica.

 Maria Clara Garcia
Responsável Regional
Programa Naciona
 
Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo
ACES Barlavento, ARS Algarve, I.P. - Rede de Referenciação para Consulta de Apoio Intensivo à Cessação Tabágical para a Prevenção e Controlo do Tabagismo ARS Algarve, I.P.



 
ARS
 
 
Instituição
 
Nome
 
Centro de Saúde
 
Unidade Funcional
Serviço
 
Morada
 
Código postal e Localidade
 
Contactos
 
Responsável por consulta
 
Dia de Consulta
 
Horário consulta
 
Algarve
 
ACES
 
Barlavento
 
Lagoa*
 
UCSP
Urb. dos Vales, R. do Centro de Saúde
 
8400-413
Lagoa
T: 282340370
 
Franco Rabi da Costa
 
5.ª feira
 
14-18 h
 
Algarve
 
ACES
 
Barlavento
 
Lagos **
 
UCSP
 
Sítio da Pe
dra Alçada,
Ameijoeira
 
8600-543
Lagos
T: 282780000
 
Ludmila
Porojan
 
5.ª feira
 
 
13-17 h
 
Algarve
 
ACES
 
Barlavento
 
Portimão*
 
USP
 
R. Manuel Dias
 
8500-723
Portimão
 
T: 282420160
cessacaotabagica@
acesbarlavento.min-saude.pt
 
Ludmila
Porojan
 
3.ª feira
 
13-17 h
 
Algarve
 
ACES
 
Barlavento
 
Silves *
 
UCSP
 
R. Cruz de
Portugal
 
8300-167 Silves
 
T: 282440020
 
Víctor Grade Sobral
 
3.ª feira
 
14-18 h


*CICT aberta também à população residente no concelho de Monchique

** CICT aberta também à população residente nos concelhos de Aljezur e Vila do Bispo





segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Como mudam os tempos...

Como ser a esposa ideal


Em maio de 1955, a revista Housekeeping Monthly publicou um artigo chamado “O guia da boa esposa”, onde se explicava, tim-tim por tim-tim o que as mulheres precisavam fazer para serem as esposas perfeitas. Lê-lo é em simultâneo hilariante e assustador. E faz-nos pensar que, de facto (felizmente!) vivemos num mundo muito diferente.
Deixo-vos os 18 passos para ser a mulher perfeita, segundo o lifestyle da época:

1. Tenha o jantar sempre pronto. Planeie com antecedência. Esta é uma maneira de fazer com que o seu marido  saiba que se importa com ele e com as suas necessidades.

2. A maioria dos homens estão com fome quando chegam em casa, e esperam uma boa refeição (especialmente se for seu prato favorito), faz parte de uma recepção calorosa.

3. Guarde 15 minutos para descansar, assim estará revigorada quando ele chegar. Retoque a maquilhagem, ponha uma fita no cabelo e pareça animada.

4. Seja amável e interessante para ele. O seu dia foi dificil, e precisa que o anime, é uma das suas funções fazer isso.

5. Tenha a casa arrumada. Dê uma volta pela parte principal da casa antes do seu marido chegar. Junte os livros escolares, brinquedos, papel, e em seguida, passe um pano sobre as mesas.

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6. Durante os meses mais frios deve preparar e acender a lareira, para ele relaxar. Assim, o seu marido vai sentir que chegou a um lugar de descanso e refúgio. Afinal, mantendo o seu conforto, você terá satisfação pessoal.

7. Dedique alguns minutos para lavar as mãos e os rostos das crianças (se eles forem pequenos), pentear os cabelos e, se necessário, trocar de roupa. As crianças são pequenos tesouros e ele gosta de vê-los assim.

8. Minimize os ruídos. Quando ele chegar desligue a máquina de lavar, de secar ou aspirador. Incentive as crianças a ficarem quietas.

9. Mostre que está feliz por vê-lo. Receba-o com um sorriso caloroso, mostre sinceridade e desejo em agradar. Ouça-o.

10. Mesmo que tenha muita coisa para lhe contar, a sua chegada não é o momento. Deixe-o falar primeiro, lembre-se, os temas de conversa dele são mais importantes que os seus.

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11. Nunca reclame se ele chegar tarde, sair para jantar fora com os amigos ou para outros locais de entretenimento sem você. Em vez disso, tente compreender o mundo de tensão e pressão dele, e a necessidade de estar em casa e relaxar.

12. O seu objetivo: certificar-se de que sua casa é um lugar de paz, ordem e tranquilidade, onde seu marido pode se renovar em corpo e espírito.

13. Não o cumprimente com queixas e problemas.

14. Não reclame se ele se atrasar para o jantar ou passar a noite fora. Veja isso como pequeno em comparação ao que ele pode ter passado durante o dia.

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15. Deixe-o confortável. Faça com que ele se incline para trás numa cadeira agradável ou que se deite no quarto. Tenha uma bebida fria ou quente pronta para ele.

16. Prepare uma almofada e ofereça-se para tirar os sapatos dele. Fale em voz baixa, suave e agradável.

17. Não lhe faça  perguntas sobre as suas ações ou que questionem a sua integridade. Lembre-se, ele é o dono da casa e, como tal, irá sempre exercer sua vontade com imparcialidade e veracidade. Você não tem o direito de o questionar.

18. Uma boa esposa sabe o seu lugar.


E pronto. É por isto que adooooooro viver no século XXI no mundo ocidental.

(Lifestyle)



quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

As mães estragam as crianças, SIM!

Advertência: Este texto não deve ser lido por todas as pessoas! É exclusivo e recomendado só para aquelas que serão, muito provavelmente, as melhores mães do mundo.)
 

Não, não é verdade que as mães sejam serenas, macias e bucólicas, quase sempre. E que, seja diante do que for, reajam num tom ameno, almofadado e cheio de açúcar, sem sequer gritarem, esbracejarem e esconjurarem todos os descuidos que, sempre que elas são dedicadas e atentas, abundam numa casa. As mães saudáveis têm o direito (milenar!) a esganiçar-se, sim senhora! (Aliás, mães esganiçadas são um património imaterial da Humanidade; como se sabe.) E têm o direito a ameaçar que, um dia, se vão embora e “aí sim, vocês vão ver a falta que vos faço!”. E por mais que não esperem que ninguém as leve a sério, como é óbvio, agradeciam que toda a gente da família ficasse, pelo menos, em… estado de choque (!!!) diante de um grito como esse, em vez de permanecer em silêncio – entre o divertido e  uma atitude do género: “Ela fica tão gira quando está com mau génio!” – como se nada, na gritaria duma mãe, valesse para o que quer que fosse! Aliás, as mães (saudáveis, é claro) estão fartas e saturadas da sua função de mãe nunca ter nem domingos nem feriados! Nem ser considerada para efeitos de reforma, de banco de horas – a reverter em seu favor, aos fins de semana – ou com mais dias de férias, como devia ser!
Afinal, quem é que levanta as crianças, todos os dias, e se dispõe ao papel (maléfico!) de as proibir de dormir mais cinco minutos, e se esgadanha contra os seus dedos papudos que reclamam “mais desenhos animados já!”? E quem é que as apressa a vestir e as obriga a engolir o pequeno almoço, quase sem respirar? E quem é que as intima a lavar os dentes (depressa!), antes de as ameaçar que vão de cuecas para a escola se não descerem (a correr!) para o carro para que, depois de esbracejarem contra o trânsito, irem numa correria deixar a miudagem, que cansa, só de ver? E quem é que deve sofrer de dupla personalidade e, depois dos ataques de nervos  de todas as manhãs, passa da fúria de leoa à maior de todas as ternuras e pespega um beijo inimitável, e dá um sorriso cheio de luz, e abraça, e diz “a mãe ama-te tanto!!!!”, enquanto aconchega os caracóis, e chama “príncipes” e “princesas” a crianças normais e ensonadas?  As mães!
E quem é que sai mais cedo do trabalho e, cidade acima/cidade baixo, anda numa “roda viva” entre a escola, a piscina, o inglês, o futebol e a música, e transforma o porta-bagagens dum automóvel numa parafernália de mochilas, flautas, chuteiras, lanches, touca, toalha e óculos, e ainda tem tempo para as perguntas mais tolas que só as pessoas bondosas conseguem fazer (como, por exemplo: “ Como é que correu a escola?” ou “O que foi o almoço”) e – oh canseira! – fica parecida com a Cruela sempre que uma criança responde: “correu bem” ou “não me lembro”?… As mães!
E quem é que, depois do trabalho, barafusta o tempo todo contra os trabalhos de casa mas que, ainda assim, franze a sobrancelha e – com um orgulho mal disfarçado – diz, num tom solene mas, todavia, aconchegado: “Eu não sei como é… Se eu não estiver sempre ali ao pé, ele não faz nada!…”? As mães?
E quem é que tem a mania de dizer: “O meu filho não gosta de ser contrariado!” para justificar as 200 vezes que se chama uma criança para saltar para o banho, as outras 200 que são precisas para a convencer a deixar os desenhos animados para vir jantar, não esquecendo mais 200 suplementares em que  repete, devagarinho: “Come a sopa!” e acaba a ribombar: “Despachas-te ou não?…” antes de lhe dizer: “Abre lá essa boca, já!” (enquanto despeja as últimas colheres de sopa pelas goelas dum filho)? As mães!
E quem é que, diante do lado mais demagógico duma criança (quando diz “Eu não sei” ou – “à Calimero” – se lamenta: “Eu não faço nada bem feito”) começa devagarinho: “Oh, meu pequenino: não sejas pateta… Vá… A mãe gosta tanto de ti!…” e, quando os interessados esperariam que em direitos adquiridos nunca se mexesse, e insistem só com mais um “não sou capaz” (é só mais um…) acaba a berrar, num tom amigo dos trovões: “Mas onde é que tu tens a cabeça?…” As mães!
E quem é que faz o jantar, e tem a mania de achar que a sopa é importante, e que o peixe torna as crianças inteligentes, e que os vegetais fazem os meninos crescer, e as cenouras tornam os olhos bonitos, e as batatas fritas não prestam, e que a Coca-Cola torna as crianças mais redondinhas, e que o açúcar faz cair os dentes, e não deixa comer bolachas antes do jantar, nem pizza dia sim/dia sim? As mães!
E quem é que, enquanto apanha os brinquedos que se atropelam pelo chão, mais a roupa que se amontoa na cadeira, mais a outra que se escondeu, (por iniciativa própria, logo se vê…) atrás do armário, e fiscaliza a mochila e os cadernos, e põe a roupa, esticadinha, para o dia que lá vem, e descobre pacotes de leite vazio onde não deviam estar, e embalagens de bolachas que – vá lá saber-se porquê – se refugiam no quarto das crianças, e enquanto arruma tudo, um dia atrás do outro, repete e repete e repete: “Mas será que tu nunca arrumas nada, é?..”  E quem é que nos seus piores dias de arrumadeira, pergunta, com um desvario quase sindical: “Mas achas que há empregadas cá em casa, é?…” As mães!
E quem é que vai à escola e, enquanto conversa com as outras mães sobre os caprichos das crianças (como se fossem toques muito pessoais que a personalidade “muito vincada” de cada uma as leva a ter) se prepara para ser repreendida, por alguns professores, e tem de ouvir: “ Mas… está tudo bem lá por casa?” (sempre que as crianças acham enfadonhas muitas aulas, por exemplo) ou, nas alturas de pior karma, é advertida para a necessidade de dar mais apoio à pequenada “porque eu tenho 28 alunos e não chego para tudo?…” As mães!
E quem é que não perde a compostura e, antes de fingir que deita os olhos para a televisão, enquanto pestaneja, ainda se esparrama na cama e conta histórias e, para se desintoxicar do papel de “chata oficial lá de casa”, sente que aqueles minutos de namoro, antes do sono, são os únicos em que não tem de ser mandona e refilona e tudo o mais que toda a gente espera que só as mães consigam ser e, quando dá conta, adormeceu, mais outra vez, na cama de um dos filhos, e é repreendida (e muito bem…) por esse desvario? As mães, claro.
Mas, afinal, o que é querem mais das mães? Que elas não se esgotem? Que não exijam ter o direito a ser mimadas e, por mais que ninguém diga isso, que queiram, pelo menos, mais um miligrama de amor e outro de carinho do que aqueles que as crianças dão ao pai? E que não sejam vaidosas? E que sejam discretas e se anulem com se o aquilo que mais desejassem é que ninguém desse por elas?
Por isso mesmo, que em relação a tudo o resto seja “ano nova, vida nova”, ainda vá. Mas em relação ao jeito muito especial de todas as mães eu espero é que nada deixe de ser como é. É claro que ninguém tem dúvidas que as mães “estragam” as crianças, sim! Mas que não haja quem ouse imaginar que as queremos doutro modo. Nós – os filhos, os pais e os avós, todos juntos, adoramos – no fundo – que elas sejam assim!
Fonte: Pais & Filhos